O direito ao brincar e à educação precisam ser garantidos a todas as crianças. Só assim será possível vislumbrar um futuro realmente diverso e inclusivo. Para contribuir com esse objetivo, o Projeto Brincar propõe a criação e experimentação de práticas pedagógicas inclusivas na Educação Infantil e incentiva a realização de brincadeiras que envolvam todas as crianças com e sem deficiência, desde 2017.
O projeto é uma iniciativa da Fundação Grupo Volkswagen, concebida e executada pela Mais Diferenças em parceria com a Secretaria Municipal de Educação e promove ações como assessoria à gestão escolar, formação de educadores, acompanhamento pedagógico, produção de recursos pedagógicos acessíveis e ações de mobilização junto às comunidades escolares.
Em 2021, dentre outras ações, o Brincar promoveu curso de 10 horas para 13 turmas, as “Oficinas Brincar Inclusivo”, que pautaram estratégias práticas para fortalecer a Educação Inclusiva; realizou visitas pedagógicas, apoiando mais de 30 Unidades Educacionais em seus desafios específicos; e, com o Laboratório de Práticas Pedagógicas Inclusivas (LabPPI), promoveu a ampliação de repertório cultural e artístico de educadores com enfoque na inclusão e acessibilidade.
Mesmo com atividades remotas que respeitaram os protocolos de prevenção da Covid19, o Projeto Brincar 2021 impactou diretamente mais de 2400 profissionais da educação e indiretamente mais de 55 mil crianças com e sem deficiência.
Para celebrar o encerramento de mais um ano, promoveu-se uma live que consolidou os aprendizados de um ano tão desafiador e refletiu sobre as interfaces entre arte, educação e inclusão com Ana Amália Barbosa, artista plástica e arte/educadora formada pela Fundação Armando Álvares Penteado (FAAP/SP).
Ana Amália adquiriu uma deficiência física após um acidente vascular cerebral (AVC). Desde então, ela cursou o doutorado, pós-doutorado e lançou livro sobre sua experiência promovendo arte-educação junto a crianças com paralisia cerebral. Durante a transmissão, em resposta a uma professora que indagou o que seriam limites nos processos educacionais de crianças com e sem deficiência, ela afirmou que “os limites estão na cabeça de cada professor e são companheiros do medo”. Uma lição valiosa e mais que inspiradora neste fim de ano!
“2021 foi mais um ano difícil e com muitos desafios, mas, junto com profissionais da SME, DREs e educadoras, tivemos a possibilidade de continuar fortalecendo a Educação Inclusiva e reafirmando as infinitas formas de brincar e estar no mundo. Neste sentido, finalizar o ano provocadas por Ana Amália e compartilhando um material construído a muitas mãos, inclusive com famílias da rede municipal de São Paulo, é uma conquista de todas que consolida a trajetória que trilhamos até aqui!”, diz Carla Mauch, Coordenadora Geral da Mais Diferenças e do Projeto Brincar.
Além da live, no último bimestre do ano, o projeto lançou mais uma publicação, o material pedagógico “Brincando juntos: inspirações inclusivas para famílias”, que reúne sugestões de atividades que podemos realizar com todas as crianças – com diferentes deficiências e sem deficiência – usando materiais simples e de fácil acesso.
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