No dia 7 de dezembro, aconteceu o III Seminário Compartilhando Práticas Pedagógicas Inclusivas, parte das atividades do Projeto Brincar. O evento reuniu cerca de 230 educadores da Rede Municipal de São Paulo no Memorial da Inclusão para uma programação que contou com formação, debate, compartilhamento e disseminação de princípios, experiências e práticas pedagógicas inclusivas.
A abertura teve representantes das três instituições parceiras no projeto: Carla Mauch, da Mais Diferenças, Sandra Kaohri Ukei Takano, da Divisão de Educação Infantil da SME-SP, Ana Paula Ignácio Masella, da Divisão de Educação Especial da SME-SP, e Vitor Hugo Neia, da Fundação Volkswagen.
O ator, educador e contador de histórias Thiago Franco foi o responsável por encantar a plateia com a mediação de leitura de seu livro “O Rei Careca”, envolvendo a todos no jogo de chapéus que permeia a história sobre inclusão e diversidade.
Na sequência, Jefferson Fernandes Alves e Karyne Dias Coutinho, professores da Universidade Federal do Rio Grande do Norte, trataram de suas pesquisas em que relacionam educação, infância, artes, deficiência e ludicidade. Jefferson citou Manoel de Barros para se referir a infância como um lugar de desconstrução e importância de “desformar” a escola, ou seja, questionar padrões estabelecidos. Karyne nos lembrou da origem da palavra escola, do grego scholé, que significa lugar do ócio. Também falou do tempo aiônico, onde aion é uma criança que brinca e se torna sua própria brincadeira pois está inteiramente no momento presente.
A atividade seguinte foi o compartilhamento de práticas, momento em que profissionais das unidades educacionais participantes deram seus depoimentos a respeito do Projeto. Estiveram presentes a coordenadora pedagógica da CEU EMEI Caminho do Mar, Marly Xavier do Nascimento Gonzaga, a diretora da EMEI Professor Raul Nemenz, Janaína Aparecida Augusto, a professora de Atendimento Educacional Especializado da EMEF Brigadeiro Henrique Fontenelle Dyott, Daniela Rebelo Silva, e a professora da EMEI Fátima Regina da Cruz Sabina Calaça, Carolina de Morais Ferreti.
Todas elas trouxeram importantes reflexões e apresentaram casos que refletem a contribuição do Projeto Brincar às práticas pedagógicas de suas unidades. Um exemplo é a história de um antigo corredor que foi transformado em “brincador” a partir da pintura do piso com amarelinhas e outros elementos lúdicos. Outro depoimento narrou como um morro do parque foi valorizado como lugar de aventuras e solidariedade entre as crianças com e sem deficiência, que começaram a usar papelões para descer em “esquibunda. ”
Para encerrar o encontro, o grupo Slam do Corpo apresentou performances poéticas bilíngues e participou de uma conversa com a plateia.