Com o objetivo de contribuir com a inclusão, a diversidade e a equiparação de oportunidades no acesso à equipamentos, iniciativas e bens culturais, uma pesquisa está sendo feita no estado de São Paulo, para revelar as barreiras de acesso e acessibilidade identificadas por pessoas com diferentes deficiências.
A iniciativa, realizada pela Mais Diferenças – Educação e Cultura Inclusivas, com fomento do ProAC Editais, pretende coletar dados fundamentais que contribuam no aprimoramento da experiência e na acessibilidade de espaços como museus, salas de cinema, teatros e centros culturais para todas as pessoas.
Cultura é um direito de todas as pessoas
De acordo com a Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios Contínua (PNAD-C) de 2022 (IBGE), 18,6 milhões de pessoas declararam possuir alguma deficiência, representando 8,9% da população. No caso do estado de São Paulo, as pessoas com deficiência representam 7,9% da população. Mesmo com estes números significativos, o Brasil traz, como outras sociedades ao longo da história, a marca da invisibilidade, do preconceito e da discriminação em relação às pessoas com deficiência.
Museus, teatros, galerias e outros espaços culturais são pilares importantes para o desenvolvimento cultural e social, além do acesso a esses lugares ser um direito constitucional. No entanto, para muitas pessoas com deficiência, a participação plena em eventos culturais ainda é um desafio. A pesquisa visa identificar os principais obstáculos enfrentados por essa população, desde a estrutura física até a disponibilidade de informações e serviços com acessibilidade.
Os dados e informações coletadas serão enviados para gestores culturais, artistas, agentes e produtores culturais com o objetivo de contribuir para a garantia dos direitos das pessoas com deficiência à cultura no estado de São Paulo.
Participação e impacto nas políticas públicas
A pesquisa está aberta para a participação de pessoas com deficiência, seus familiares, responsáveis e acompanhantes moradores de todos os municípios no estado de SP. Os dados levantados poderão informar e orientar a criação de políticas públicas que promovam a acessibilidade, bem como apoiar os espaços na implementação de políticas de acessibilidade.
Para a população, os resultados da pesquisa poderão trazer reflexões sobre as diferentes dimensões da acessibilidade e como exigir o cumprimento de leis como a Lei Brasileira de Inclusão da Pessoa com Deficiência ((Lei nº 13.146/15).
“Criar oportunidades para que as pessoas com deficiência possam narrar suas experiências e as barreiras que encontram nos diferentes equipamentos e programações culturais é imprescindível para qualificar o debate acerca das políticas de acessibilidade cultural no estado”, diz Thais Martins, coordenadora de advocacy da Mais Diferenças.
A pesquisa é virtual, em formato acessível. Para responder, clique no link: bit.ly/PesquisaAcessoeAcessibilidade.
Participar é simples e rápido, e as respostas serão tratadas com total confidencialidade.
Para mais informações sobre a pesquisa, entre em contato com a Mais Diferenças: md@md.org.br