Será que todas as pessoas acessam da mesma forma as atividades e os espaços culturais em São Paulo?

Realizada no âmbito do projeto “Acesso e Acessibilidade: Direito à Fruição Cultural para Pessoas com Deficiência no Estado de São Paulo”, desenvolvido pela Mais Diferenças, com fomento do Programa de Ação Cultural (ProAC) da Secretaria da Cultura, Economia e Indústria Criativas do Governo do Estado de São Paulo, a pesquisa sobre a “Acessibilidade Cultural no estado de São Paulo”, colheu informações sobre o acesso à cultura e as barreiras de acessibilidade identificadas por pessoas com diferentes deficiências, Transtornos do Espectro Autista (TEA), Transtornos Globais do Desenvolvimento (TGD) e altas habilidades/superdotação em equipamentos, iniciativas e bens culturais no estado de São Paulo. 

A pesquisa parte das seguintes premissas:

• Cultura e educação como bens públicos, indissociáveis e comuns: considerando sua potência na produção de sentidos e ampliação de repertórios, devem estar disponíveis e acessíveis para todos. 
• Construção de espaços democráticos, cidadãos e acolhedores: as informações devem trazer elementos para a proposição de conteúdos, ações educativas, formação de público e mediações, de forma a garantir a inclusão social, a hospitalidade, a heterogeneidade e a democratização de acesso aos bens culturais para todos; 
• Acessibilidade como garantia e inovação: os diferentes recursos de acessibilidade e mediações inclusivas são entendidos como ampliação das possibilidades de acesso e fruição e de criação de camadas estéticas e narrativas para todos, envolvendo outros públicos historicamente excluídos desse direito. 

Objetivos da Pesquisa

O projeto tem como objetivo geral contribuir com a democratização do acesso e fruição cultural por pessoas com distintas deficiências, TEA/TGD e altas habilidades/superdotação no estado de São Paulo. Os objetivos específicos consistem em: 

• Disponibilizar informações a respeito do acesso, hábitos e barreiras de acessibilidade vivenciadas por pessoas com diferentes deficiências, TEA/TGD e altas habilidades/superdotação do estado, no que diz respeito à produção cultural e aos equipamentos de cultura, nas diferentes linguagens artísticas;
• Contribuir com o debate acerca das diferentes dimensões da acessibilidade na fruição cultural;
• Apresentar subsídios às políticas, programas e iniciativas culturais no que diz respeito à oferta cultural com equiparação de oportunidades, em uma perspectiva inclusiva;
• Fomentar o protagonismo e a participação das pessoas com deficiência, TEA/TGD e altas habilidades/superdotação na formulação, implementação e avaliação de políticas e iniciativas culturais.

A pesquisa fornece um panorama importante sobre a realidade das pessoas com deficiência no estado de São Paulo e destaca a necessidade de um esforço contínuo para garantir o direito à fruição cultural.

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