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O projeto Páginas Abertas é mais uma iniciativa da Mais Diferenças que visa contribuir com o fortalecimento dos eixos estratégicos do Plano Nacional do Livro, Leitura e Literatura (PNLL) – democratização do acesso, fomento à leitura e formação de mediadores, valorização institucional da leitura e seu valor simbólico, fomento à cadeia criativa e à cadeia produtiva do livro.

Tem como prioridade garantir os direitos das pessoas com deficiência e Transtorno do Espectro Autista – TEA -, por meio da produção de livros de literatura em múltiplos formatos acessíveis; oficinas formativas para mediadores de leitura, bibliotecários e educadores, mediações de leitura acessíveis e inclusivas e desenvolvimento de um Clube de Leitura para apoiar a formação de leitores jovens com e sem deficiência, em situação de vulnerabilidade social.

Foto colorida que mostra uma criança lendo um livro em audiovisual acessível, com fones nos ouvidos, olhando atentamente parafrente. Ela segura um livro físico nas mãos também.

Criança acompanha um livro audiovisual acessível produzido pela Mais Diferenças

 

Em 2024, o projeto Páginas Abertas avançou em suas ações, por meio da Lei Estadual Paulo Gustavo, e teve como objetivos:

  • Ampliação do acervo de livros audiovisuais, em múltiplos formatos acessíveis, para o público infantil e infantojuvenil com diferentes tipos de deficiência, TEA e sem deficiência, tendo como premissa o Desenho Universal, para possibilitar o acesso de todos ao livro, à leitura, à literatura e às diferentes formas de ler;
  • Diversificação da oferta de acervos acessíveis e gratuitos de literatura, com temáticas diferentes e contemporâneas;
  • Disseminação dos livros em múltiplos formatos acessíveis e materiais de apoio para profissionais das áreas da cultura, educação, pessoas com deficiências e TEA e suas famílias, que contribuam com a equiparação de oportunidades e a inclusão;
  • Contribuir com o desenvolvimento de práticas acessíveis e inclusivas por profissionais da cultura e educação através de oficinas formativas e mediações de leitura;
  • Contribuir para a formação de leitores com TEA, diferentes tipos de deficiência e sem deficiência, por meio da criação de Clube de Leitura e ampliação das possibilidades de acesso aos livros e à literatura;
  • Garantir a equiparação de oportunidades de acesso à Casa MD, um ponto de cultura, através de reforma e modernização do espaço, assegurando a acessibilidade arquitetônica, de comunicação e sinalização.

Imagem colorida que evidencia a porta de entrada da Sala Multiuso da Casa MD. Ela é branca, de ferro, com arabescos em ferro que decoram o centro. Uma rampa de ferro, na cor cinza, está instalada à sua frente.

Rampa de acessibilidade instalada na Casa MD

 

Livro, leitura e literatura é pra todo mundo!

A pesquisa Retratos da Leitura no Brasil, de 2020, apontou que 20% dos entrevistados em todo o país tinham dificuldade para ler devido a “problemas de visão” ou “outros impedimentos físicos” e 19% devido a “ler muito devagar”. Outros 13% disseram não ter concentração suficiente para ler e 9% não entendem a maior parte do que leem. Além disso, O Indicador de Alfabetismo Funcional (Inaf) de 2018 mostrou que 3 em cada 10 brasileiros são considerados analfabetos funcionais, e apenas 1 em cada 10 pode ser considerado proficiente em leitura. Em que pese o fato de que ambas pesquisas não têm foco ou qualquer tipo de recorte em adultos ou crianças com deficiência e TEA, diante de um contexto educacional e cultural em que este grupo populacional foi excluído e teve seus direitos negados por séculos, pode-se assumir que tais indicadores seriam inevitavelmente mais precários caso incidissem sobre essa população. Os dados mais recentes da PNAD Contínua 2022 (IBGE) corroboram com esta percepção, ao destacarem que a taxa de analfabetismo dentre a população com deficiência é de 19.5%, enquanto para a população sem deficiência o percentual é de 4,1%.

Dessa forma, a Mais Diferenças, por meio de mais esta iniciativa, busca promover atividades que contribuam para a mudança desse cenário, com o desenvolvimento de livros em múltiplos formatos acessíveis, disponibilizando às bibliotecas recursos e estratégias para promover acessibilidade e inclusão, e capacitando profissionais dos setores de educação e cultura em direitos humanos, questões de acessibilidade e inclusão.

O Páginas Abertas, assim como todos os projetos que permeiam a estrutura da Mais Diferenças, busca colaborar com a eliminação de barreiras, promovendo a democratização do acesso ao livro para todos, com igualdade de oportunidades.

 

Acompanhe as ações deste projeto por meio das redes sociais da MD e pela seção de “Notícias” aqui no site!

 

Régua de logos do projeto Páginas Abertas que com marcas da Mais Diferenças - Educação e Cultura Inclusivas, Secretaria de Cultura e Economia Criativa do Estado de São Paulo, Prefeitura de São Paulo, Ministério da Cultura, e Governo Federal.