No Auditório da Matriz, foi instalado piso tátil para a orientação e alerta das pessoas cegas e com baixa visão. Um mapa tátil instalado logo na entrada também tornou a compreensão espacial acessível. Assentos reservados para pessoas com deficiência e acompanhantes também foram assegurados. As 20 mesas da Programação Principal foram apresentadas com audiodescrição etradução e interpretação em Libras e sanitários acessíveis também estarão disponíveis em torno da Praça da Matriz.
Com apoio e assessoria da Mais Diferenças, as equipes de atendimento receberam formação para orientar o público com diferentes deficiências, que também contaram com cota de ingressos gratuitos para assistir às mesas da Programação Principal.
Há 22 anos, a Festa Literária Internacional de Paraty promove uma experiência única, com uma programação intensa para um público diverso, que encontra na literatura um caminho para uma manifestação cultural muito mais ampla e democrática.
Quem foi João do Rio, autor homenageado da 22a Flip?
Criador da crônica moderna, jornalista e escritor carioca, João do Rio era o pseudônimo mais famoso de Paulo Emílio Cristóvão dos Santos Coelho Barreto. Nascido em 1881, a vida e a obra deste pioneiro repórter guiou a programação da 22a Flip.
João do Rio foi autor de romances, ensaios, contos, peças de teatro, conferências sobre dança, moda, costumes e política, além de um cronista entusiasta. Ao criar um estilo de texto que aproxima a reportagem da literatura, com elementos de ficção e realidade, tornou-se um repórter de vanguarda.
Um dos autores mais importantes do século XX, no Rio de Janeiro, João do Rio era um homem negro, filho de um professor de matemática e de uma dona de casa, e foi acusado de homossexualidade, considerada uma doença naquela época. Contou a história carioca a partir dos costumes e rituais de seus habitantes, pontuando a rápida transformação da cidade do Rio de Janeiro, o progresso, suas consequências e contradições.
Em 2024, vamos mergulhar na arte deste grande ensaísta brasileiro, um personagem múltiplo e controverso, que, por meio da sua história, explica a história de um Brasil dos anos 20.